Tuberculose causada pelo Mycobacterium bovis

Artigo: Human Tuberculosis Caused by Mycobacterium bovis in the United States, 2006–2013
Autores: Colleen Scott e mais tuberculosis

Local: CDC

Fonte: Clinical Infectious Diseases 2016;63(5):594–601

EstudoMycobacterium bovis é causador de doença em animais, mas também pode causar doença em humanos, através de leite e derivados não pasteurizados, incluindo queijo fresco. Alguns poucos estudos mostram também transmissão através de aerossóis, à semelhança de M.tuberculosis. Os autores estudaram através de biologia molecular a representatividade do M.bovis nos quadros clínicos de tuberculose humana, e sua epidemiologia.

Resultados: Foram analisados 91985 casos de tuberculose diagnosticados entre  2006 e 2013, 76.4%com cultura positiva e 84.5% destes com genotipagem válida. Ao final, 862 casos de M. bovis 58 411 de M. tuberculosis foram analisados. Os caso de M. bovis foram mais frequentes em pacientes Continuar lendo

Diagnóstico rápido da Sífilis

Artigo: Metaanalysis of the Performance of a Combined Treponemal and Nontreponemal Rapid Diagnostic Test for Syphilis and Yaws.

sifilis-vdrlAutores: Michael Marks e mais

Local: Multicêntrico

Fonte: Clinical Infectious Diseases 2016;63(5):627–33

Estudo: Os nossos testes diagnósticos para Sífilis são limitados, com diversos problemas de sensibilidade e especificidade. Mais recentemente foram desenvolvidos testes rápidos, que não conseguem distinguir infecção recente. O teste da plataforma de via dupla (Dual platform path – DPP) é um novo teste rápido que combina tanto teste específico como inespecífico e que permite diferenciação de infecção antiga da recente. Os autores realizaram meta-análise buscando determinar a acurácia deste teste. Foram avaliados estudos com dados primários, comparativos, tendo o RPR como comparador.

Resultados: Foram selecionados nove estudos, tendo sido avaliados  Continuar lendo

Epidemiologia do Herpes Zoster e sua relação com o Câncer

Consequências do Herpes Zoster em pacientes com Câncer

Frequentemente associa-se o surgimento do Herpes Zoster como marcador de início, ainda que indetectado, de doença subjacente grave, em particular o Câncer. Apesar de ser maisvirus-herpes-zoster-620x413 frequente em pacientes com Câncer, o Herpes Zoster é diagnosticado também em pacientes jovens e ocorre em padrão sazonal, acompanhando a ocorrência da varicela, o que sugere que também pode ocorrer por reinfecção.

A relação entre câncer e Herpes Zoster apresenta duas facetas:

  • Existe uma relação entre a ocorrência de Herpes Zoster e câncer ( e outras doenças crônicas, como diabetes, doenças reumatológicas.
  • Herpes Zoster em pacientes com câncer pode se apresentar de forma mais agressiva.
  • O Herpes Zoster pode preceder o diagnóstico do câncer e até ser um marcador para a investigação da sua ocorrência.

Este é um assunto que deveria ser melhor estudado e definido, em especial o critério para indicação de investigação de Continuar lendo

Toxoplasmose ocular: profilaxia secundária

Artigo: The Impact of Short-Term, Intensive Antifolate Treatment (with Pyrimethamine and Sulfadoxine) and Antibiotics Followed by Long-Term, Secondary Antifolate Prophylaxis on the Rate of Toxoplasmic Retinochoroiditis Recurrence.

8-blueAutores: Piotr K. Borkowski e mais.

Local: Polônia

ReferênciaPLOS Neglected Tropical Diseases – DOI:10.1371/journal.pntd.0004892 -2016

Estudo: Os autores decidiram analisar o uso de profilaxia secundária (após episódio inicial) na prevenção da recorrência da coriorretinite causada pelo Toxoplasma gondii.  Trata-se de estudo retrospectivo, onde foram analisados os registros de 637 pacientes com diagnóstico de toxoplasmose ocular entre 1994 e 2013.  Todos os pacientes foram tratados com sulfadoxina 500mg / pirimetamina 25mg (após dose de ataque) por 21 dias.  A partir do segundo dia os pacientes recebiam prednisona 40mg e espiramicina por seis dias, seguida de azitromicina por dez dias.  Recorrência foi definida como presença de novo foco inflamatório à fundoscopia no mesmo olho da infecção inicial, acompanhada de exsudato. Os pacientes que receberam profilaxia secundária foram recomendados a tomar um comprimido semanal de sulfadoxina 500mg + pirimetamina 25mg por seis meses.

Resultados: A profilaxia secundária foi utilizada por 564 pacientes, com 303 recorrências, a maioria em três anos após o episódio inicial. Nenhum paciente teve recorrência após dez anos de observação. A probabilidade de recorrência foi Continuar lendo

Quinolonas versus macrolídeos no tratamento da Legionelose

Artigo: Quinolones versus macrolides in the treatment of legionellosis: a systematic review and meta-analysis.

istock_000008658139mediumAutores: C. Burdet e mais.

Local: França.

Fonte: J Antimicrob Chemother. 2014 Sep;69(9):2354-60.

Estudo: Os autores decidiram analisar as publicações comparando o uso de quinolonas versus o uso de macrolídeos no tratamento da legionelose. Os desfechos abordados foram:

  • Primário – Mortalidade.
  • Secundários – Tempo para defervescência da febre, tempo de permanência hospitalar, ocorrência de complicações (segundo critérios dos autores dos estudos), necessidade de ventilação mecânica e eventos adversos.

Foram considerados para a revisão sistemática artigos Continuar lendo

Transmissão da Hanseníase

ArtigoMolecular Evidence for the Aerial Route of Infection of Mycobacterium leprae and the Role of Asymptomatic Carriers in the Persistence of Leprosy

image003AutoresSergio Araujo, Larissa Oliveira Freitas, Luiz Ricardo Goulart, Isabela Maria Bernardes Goulart

LocalFederal University of Uberlandia, Minas Gerais, Brazil; University of California, Davis

FonteClinical Infectious Diseases 2016;63(11):141220

Estudo: O conhecimento da hanseníase ainda tem várias lacunas para serem estudadas. A transmissão e a dinâmica da infecção é um deles. Existe evidência de transmissão interhumana da doença, mas é pouco conhecido o motivo para o longo período de incubação e mesmo o não desenvolvimento de doenças entre inúmeros contactuantes. O presente estudo procurou investigar a transmissão da hanseníase por aerossol através da Continuar lendo

Arquitetura hospitalar e infecções relacionadas aos serviços de saúde

ArtigoRelationship between hospital ward design and healthcare-associated infection rates: a systematic review and meta-analysis

q2-newwardAutoresAndrea Stiller, Florian Salm, Peter Bischoff e Petra Gastmeier

LocalBerlin, Germany

FonteAntimicrobial Resistance and Infection Control (2016) 5:51

Estudo: Os autores revisaram sistematicamente a literatura em busca de evidências da associação entre desenho de unidades e a ocorrência de infecção. Encontraram nove estudos nos critérios propostos avaliando associação entre número de camas/unidade e infecção, e três estudos avaliando o tamanho das unidades e distância entre pacientes. Continuar lendo

Infecções e cuidados com beleza

 

Programa sobre infecções em salões de beleza

http://g1.globo.com/bemestar/videos/t/integras/v/bem-estar-integra-17-abril-2017/5806861/

Avaliação da resposta ao tratamento da celulite

ArtigoEarly Response in Cellulitis: A Prospective Study of Dynamics and Predictors

AutoresTrond Bruun e mais

aurLocal: Noruega

FonteClinical Infectious Diseases 2016;63(8):103441

Estudo: O reajuste de esquema antimicrobiano, com ampliação do espectro é medida comum realizada com a sensação de fata de melhora clínica. No entanto, muitas vezes esta mudança é desnecessária, porque a “falta de resposta” é decorrente da inflamação intensa, da presença de toxinas e não pela falta de cobertura antimicrobiana. Este estudo procurou compreender a dinâmica da resposta ao tratamento na celulite e preditores de falha de esquema antimicrobiano.Desta forma, estudaram celulites causadas pelo estreptococo betahemolítico (BHS) e S.aureus e analisaram temporalmente a resposta clínica e laboratorial. A avaliação foi prospectiva e diária. Pacientes com coleções drenáveis foram escolhidos. As definições de desfecho Continuar lendo

Colistina em dose alta

Artigo:  The Effectiveness and Safety of High-Dose Colistin: Prospective Cohort Study

14t0aybAutoresYael Dishon Benattar  e mais

Local: Israel

FonteClinical Infectious Diseases 2016;63(12):160512

Estudo: Os autores utilizaram dados de dois coortes prospectivos que realizaram, um comparando a colistina com outro betalactâmicos, outro avaliando posologia. Os autores compararam a dose tradicional de  36 MIU por dia, sem dose de ataque, com o esquema de  9 MIU (dose de ataque) seguido de 4,5 MIU a cada doze horas (1 MIU = 30 mg colistina base). Ajuste de dose após início de tratamento foi permitido, mantendo-se a proporcionalidade da dose.

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