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Sinusite e cultura de secreção nasal

Artigo: Are Nasopharyngeal Cultures Useful in Diagnosis of Acute Bacterial Sinusitis in
Children?

Autor: Nader Shaikh,   Alejandro Hoberman e mais

Local: Pittsburgh, PA, USA

Fonte: Clinical Pediatrics 2013; 52(12) 1118–1121

Estudo: Os autores partiram da premissa que crianças com sinais de sinusite e radiografias de seios da face com alterações tinham a maior probabilidade de apresentar bactérias nos seios da face. Prospectivamente, analisaram crianças com sintomas de sinusite (segundo critérios da Academia Americana de Pediatria), realizaram radiografia e coletaram culturas de secreção nasofaríngea. A partir destes resultados, calcularam o valor preditivo positivo e negativo das culturas.

Resultados: 258 pacientes foram incluídos, mas 54 não coletaram culturas. Destes, 41  tinham alterações radiológicas, e destes 41, encontraram 17 (41%) com culturas positivas para agentes potencialmente patogênicos.

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Comentários: As cavidades nasais e a orofaringe Continuar lendo

Corticosteroides para sinusite

Artigo: Systemic Corticosteroid Therapy for Acute Sinusitis

Autores:Roderick P. Venekamp,  Matthew J. Thompson,   Maroeska M, Rovers

Latbocal: Holanda

Fonte:JAMA 2015 Volume 313, Number 12: 1259

Estudo: Este artigo, uma pequena sinopse, é a meta-análise avaliando o uso de corticoides no tratamento da sinusite  bacteriana aguda. Foram incluídos estudos onde o uso de antibióticos foi comparado com o uso de corticoides associados aos antibióticos. O desfecho foi a melhora/resolução em duas semanas ou menos, comparado com mais do que duas semanas para melhora/resolução.

Resultados: 947 pacientes foram analisados, a partir de cinco estudos. Os resultados apresentados são sucintos, uma vez que a publicação é Continuar lendo

Antibioticoterapia em infecções respiratórias agudas: Guideline 2016

Artigo:  Appropriate Antibiotic Use for Acute Respiratory Tract Infection in Adults: Advice for High-Value Care From the American College of Physicians and the Centers for Disease Control and Prevention

Autores:  Aaron M. Harris, Lauri A. Hicks, e  Amir Qaseem, pelo High Value Care Task Force of the American College of Physicians e pelo Centers for Disease Control and Prevention

Local:  EUA

Fonte:  Ann Intern Med. doi:10.7326/M15-1840

O guideline: O assunto parece óbvio e resolvido, mas não é tão simples. Nosso conceito é: vamos desestimular o uso de antimicrobianos para o tratamento de infecções respiratórias virais agudas. Esta é a condição em que mais se usa um antimicrobiano, a que mais seleciona resistência. Muito mais do que poucos pacientes em estado gravíssimo numa UTI. Nossos esforços de controle da resistência deveriam se voltar com maior intensidade para as situações mais “simples” onde usamos antibióticos “inócuos”. Na verdade, toda a antibioticoterapia deveria ser sistematizada de forma diferente, mas frequentemente nós, infectologistas, viramos nossas maiores atenções para as situações onde o impacto é menor.

No caso das IVAS, além das dificuldades diagnósticas e de educação em larga escala, temos alguns estudos que mostram benefícios em populações selecionadas, de alto risco, especialmente idosos com comorbidades. Estas situações deveriam ser melhor exploradas.

Na tabela, estão resumidas as principais recomendações destas duas entidades.

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