Arquivo da tag: Sepse

qSOFA ou SIRS?

Artigo: Comparison of qSOFA score and SIRS criteria as screening mechanisms for emergency department sepsis

sepsis checklistAutores: Haydar S, e mais

Local: Tufts University School of Medicine,  Portland,  United States

Fonte:American Journal of Emergency Medicine (2017)

Estudo: Este pequeno estudo procura comparar os critérios qSOFA e SIRS para uso no protocolo de sepse. Continuar lendo

Sepse além dos protocolos

Artigo: The association between time to antibiotics and relevant clinical outcomes in emergency department patients with various stages of sepsis: a prospective multi-center study

tiogmqbl1Autores:  Bas de Groot, Annemieke Ansems e mais

Local:  Leiden University Medical Center, Holanda

Fonte: Critical Care (2015) 19:194

O estudo:  Estudo multicêntrico, prospectivo, buscando analisar o impacto da antibioticoterapia imediata em sepse, de acordo com a gravidade. Esta foi avaliada através do Escore PIRO: 1 a 7 pontos, leve, 8-14 pontos, intermediária e >14 pontos, grave. O desfecho primário foi o número de dias fora do hospital em 28 dias após o diagnóstico (que reflete mortalidade e tempo de permanência hospitalar – quanto maior o tempo, menor a mortalidade ou tempo de hospitalização) e o desfecho secundário foi a mortalidade no 28º. dia após o diagnóstico.  Também foi analisado o acerto de espectro de cobertura.

Resultados:  Através da análise multivariada de Cox, os autores chegaram à conclusão que não houve benefício do rápido início de antibioticoterapia nos pacientes com sepse “leve” ou intermediária, escore de Piro <14 pontos. O acerto da cobertura antimicrobiana foi Continuar lendo

Sepse pós-esplenectomia

Artigo: Overwhelming Postsplenectomy Infection: A Prospective Multicenter Cohort Study

Autores: Christian Theilacker e mais

Local:Splenectomy, Pneumococcus, and Fulminant Infection (SPLEEN OFF) Study Group – Alemanha

Fonte:Clinical Infectious Diseases 2016;62(7):871–8

x26eixvo_400x400O estudo:Estudo de coorte realizado em 173 UTIs alemãs, incluindo paciente com  sepse grave/choque séptico, comparando as características daqueles com asplenia ou presença de baço. A partir do coorte, foram pareados 52 pacientes com sepse e asplenia (remoção ou funcional), e 52 com sepse sem asplenia. Já nas características dos pacientes observam-se diferenças entre os grupos, o que é natural. O IMC de asplênicos foi mais baixo (24kg/m2 [22–27] x 28kg/m2 [23–34]), história de neoplasia e vacinação pévia para pneumococo e Haemophyllus influenzae B.

Resultados: Os estudos mostram algumas características que diferenciam a sepse em asplênicos e não asplênicos. Entre as apresentações clínicas, mostraram-se mais frequentes nos asplênicos a sepse sem foco Continuar lendo

Marcadores inflamatórios: a evidência

Artigo: Acute Phase Reactants in Infections: Evidence-Based Review and a Guide for Clinicians

Autores:  Anurag Markanday

biomarkerLocal:  British Columbia, Canada

Fonte:  Open Forum Infectious Diseases 2015

A revisão:  O autor revê a utilização de VHS, PCR e procalcitonina em diversas situações específicas, resumidamente transcrita em tabelas. Os resultados mostram que os biomarcadores podem diminuir o consumo de antimicrobianos, especialmente relacionado à duração de terapia, como exposto na tabela 2, que analisa a terapia guiada por procalcitonina.. No caso da pneumonia, alguma evidência quanto à redução de indicação. O mesmo não ficou tão bem estabelecido para sepse.

Comparando a  sensibilidade e especificidade para diagnóstico de infecção bacteriana da procalcitonina, o autor cita os seguintes resultados:

Diagnóstico de infecção bacteriana Sensibilidade Especificidade
Procalcitonina 0,88 (0.80–0.93) 0.81 (0.67–0.90)
Proteína C reativa 0.75 (0.62–0.84) 0.67 (95% CI, 0.56–0.77)

Uma especificidade de 81%, como observada na procalcitonina, pode ser considerada Continuar lendo

Uma hora de sepse

Artigo:  The Impact of Timing of Antibiotics on Outcomes in Severe Sepsis and Septic Shock: A Systematic Review and Meta-Analysis

Autores:  Sarah A. Sterling, W. Ryan Miller,Jason Pryor, Michael A. Puskarich, Alan E. Jones

Local: Department of Emergency Medicine, University of Mississippi School of Medicine

Fonte:  Critical Care Medicine  2015 Sep;43(9):1907-15.

O estudo:  Os autores realizaram uma mata-análise investigando a associação entre o uso de antimicrobiano em 1h após diagnóstico de sepse grave e mortalidade. De 1115 estudos sepsislevantados com as palavras-chave, foram separados 11 para análise.

Resultados:  Eles analisaram o impacto da antibioticoterapia, segundo as recomendações, 1h após o estabelecimento do choque séptico, ou 3h após a triagem Continuar lendo

Definição de sepse, 2016

ArtigoThe Third International Consensus Definitions for Sepsis and Septic Shock (Sepsis-3)

Autores: Mervyn Singer,  Clifford S. Deutschman e mais

FonteJAMA. 2016;315(8):801-810. doi:10.1001/jama.2016.0287.

Em fevereiro de 2016 foi publicada uma nova definição de sepse, no JAMA. Esta revisão é particularmente relevante não só pela frequência e gravidade da condição, mas pelas dificuldades na elaboração de uma definição abrangente e ao mesmo tempo específica, que não induza ao estabelecimento de uma antibiticoterapia desnecessária.

A primeira mudança foi a exclusão do termo sepse grave, considerada redundante. A definição de sepse é uma disfunção orgânica grave, causada por uma resposta desregulada do organismo a uma infecção.Operacionalmente, a disfunção pode ser definida pelo escore SOFA (2 ou mais pontos).

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Nesta nova definição, Continuar lendo

Acetoaminofen e febre em pacientes graves

Artigo: Acetaminophen for Fever in Critically Ill Patients with Suspected Infection

Autores: Paul Young, Manoj Saxena, Rinaldo Bellomo, e New Zealand Intensive Care Society Clinical Trials Group

Local: Multicêntrico – Nova Zelândia

Fonte: N Engl J Med. 2015 Dec 3;373(23):2215-24

O estudo: Os autores estudaram a relação entre o uso de acetoaminofen para tratamento de febre em pacientes com infecção, dentro da UTI e os desfechos mais importantes (Óbito, tempo de permanência, e o tempo de internação livre de UTI). Informações prévias sugerem que o controle da febre poderia melhorar a resposta adaptativa celular, diminuir crescimento bacteriano e aumentar o efeito dos antimicrobianos, melhorando a mortalidade.Estudo randomizado com 344 pacientes em cada braço. O desfecho principal foi o tempo livre de UTI (que combina permanência e óbito).
Resultados: O tempo livre de UTI foi de 23 dias para o grupo que recebeu acetaminofen e de 22 dias para o grupo placebo. Não foram observadas diferenças de mortalidade.
Comentários: Um estudo bem desenhado, usando acetoaminofen por curto período. A sugestão é que o controle da febre (com acetoaminofen) não altera os desfechos mais importantes para o paciente. Isto pode levar a uma nova visão sobre uso de medicamentos “sintomáti