Arquivo da tag: IVAS

IVAS, microbioma da orofaringe e infecções

Artigo: Nasopharyngeal microbiota composition of children is related to the frequency of upper respiratory infection and acute sinusitis

b2300104Autores: Clark A. Santee e mais

Local: San Francisco, EUA

FonteMicrobiome 2016; 4:34

Estudo: A análise do microbioma humano e sua relação com doenças infecciosas e não infecciosas tem ganhado grande destaque nos últimos anos. Inúmeros fatores estão relacionados à alteração do microbioma, com destaque especial para o uso de antimicrobianos. O microbioma da orofaringe guarda relação direta com o desenvolvimento de otite, sinusite e pneumonia, entre outros. Recentemente, crianças foram subdivididas em seis grupos de acordo com a composição de seu microbioma em orofaringe (Moraxella, Haemophilus, Streptococcus, Corynebacteria, Alloiococcus, ou Staphylococcus) Crianças cujo microbioma da orofaringe tenha predomínio de Moraxella, Haemophilus, ou Streptococcus apresentam maior risco de infecções to trato respiratório inferior. Como a dinâmica da relação entre a Continuar lendo

Pneumococo sorotipo 20 no Brasil: além da vacina

Artigo: Characteristics of serogroup 20 S.pneumoniae isolates from Brazil

1Autores: Juliana Caierão e mais

Local: UFRS, Brasil

Fonte: BMC Infectious Diseases (2016) 16:418

Estudo: Os autores analisaram o perfil clínico, microbiológico  e epidemiológico de isolados de Streptococcus pneumoniae sorotipo 20 em pacientes com infecções pneumocócicas de 2007 a 2012. O pneumococo sorotipo 20 não está presente em nenhuma das vacinas disponíveis. O genótipo da bactéria foi estudado por PFGE e MLST.

Resultados: 358 pneumococos foram Continuar lendo

A controvérsia do uso de antibióticos para IVAS em idosos

Artigo: Protective effect of antibiotics against serious complications of common respiratory tract infections: retrospective cohort study with the UK General Practice Research Databasevirus

Autores: Petersen e mais

Local: Centre for Infectious Disease Epidemiology, Department of Primary Care and Population Sciences, London e Health Protection Agency, Centre for Infections, London

Fonte: BMJ 2007;335;982

O estudo: Os autores aproveitaram para um coorte retrospectivo o banco de dados inglês com 162 centros, de 1991 a 2001. Identificaram pacientes através de termos localizadores de diagnóstico e utilizaram como desfecho primário o desenvolvimento de complicações graves até 30 dias o diagnóstico da infecção das vias aéreas superiores (IVAS). Entre as complicações graves estão a pneumonia, mastoidite e abscesso peritonsilar (‘quinsy’).

Resultado: Os autores analisaram um total nada impressionante de 1.081.000 casos de IVAS.Os autores mostram benefícios com o uso de antibióticos, mas Continuar lendo

Antibioticoterapia em infecções respiratórias agudas: Guideline 2016

Artigo:  Appropriate Antibiotic Use for Acute Respiratory Tract Infection in Adults: Advice for High-Value Care From the American College of Physicians and the Centers for Disease Control and Prevention

Autores:  Aaron M. Harris, Lauri A. Hicks, e  Amir Qaseem, pelo High Value Care Task Force of the American College of Physicians e pelo Centers for Disease Control and Prevention

Local:  EUA

Fonte:  Ann Intern Med. doi:10.7326/M15-1840

O guideline: O assunto parece óbvio e resolvido, mas não é tão simples. Nosso conceito é: vamos desestimular o uso de antimicrobianos para o tratamento de infecções respiratórias virais agudas. Esta é a condição em que mais se usa um antimicrobiano, a que mais seleciona resistência. Muito mais do que poucos pacientes em estado gravíssimo numa UTI. Nossos esforços de controle da resistência deveriam se voltar com maior intensidade para as situações mais “simples” onde usamos antibióticos “inócuos”. Na verdade, toda a antibioticoterapia deveria ser sistematizada de forma diferente, mas frequentemente nós, infectologistas, viramos nossas maiores atenções para as situações onde o impacto é menor.

No caso das IVAS, além das dificuldades diagnósticas e de educação em larga escala, temos alguns estudos que mostram benefícios em populações selecionadas, de alto risco, especialmente idosos com comorbidades. Estas situações deveriam ser melhor exploradas.

Na tabela, estão resumidas as principais recomendações destas duas entidades.

ivas