Arquivo da tag: Influenza

Persistência do vírus Influenza em superfícies

ArtigoPersistence of influenza on surfaces

300px-contaminated_surfaces_increase_cross-transmissionAutoresK.-A. Thompson, A.M. Bennett

Local: Biosafety, Air and Water Microbiology Group, Public Health England, Porton Down, Salisbury, Inglaterra

FonteJournal of Hospital Infection 95 (2017) 194199

Estudo: A transmissão do vírus influenza é feita primariamente através de partículas respiratórias e também do contato com secreções contaminadas. A evidência Continuar lendo

Máscaras N95 e infecções respiratórias

ArtigoEffectiveness of N95 respirators versus surgical masks in protecting health care workers from acute respiratory infection: a systematic review and meta-analysis

02AutoresJeffrey D. Smith e mais

Local: Canada

FonteCMAJ,  2016, 188(8): 567

Estudo: Os respiradores N95 (erronea, mas rotineiramente chamados de máscaras N95) são equipamentos que em teoria possuem proteção para contaminação por agentes respiratórios, seja através de gotículas maiores ou aerossóis, ao contrário das máscaras comuns. Suas desvantagens são o custo e o desconforto para profissionais. As infecções respiratórias agudas, como a influenza, são mais frequentemente transmitidas por Continuar lendo

Escore para previsão de gravidade: Gripe A (H1N1)

Artigo: Score to identify the severity of adult patients with influenza A (H1N1) 2009 virus infection at hospital admissionimage_thumb25255b525255d

Autores:A. Capelastegui & J. M. Quintana e mais

Local: The CIBERESP Cases and Controls in Pandemic Influenza Working Group, Spain

Fonte: Eur J Clin Microbiol Infect Dis (2012) 31:2693–2701

Estudo: Para desenvolver um escore prognóstico no momento de chegada do paciente ao
pronto socorro ou ambulatório, os autores realizaram um coorte prospectivo em 36 hospitais na Espanha.  Dentro do coorte realizaram um estudo caso-controle. Eles compararam os possíveis fatores de caso entre os casos (definidos como paciente com infecção comprovada por H1N1 com permanência hospitalar>24h). O desfecho considerado de gravidade foi um composto (SIHC) que incluiu sepse, SARA, necessitade de entubação ou parada cardio-respiratória durante a internação.

Resultados: 618 pacientes foram incluídos no Continuar lendo

Oseltamivir na gestação

Artigo:  The safety of oseltamivir in pregnancy: an updated review of postmarketing data

Autores:  Martina Wollenhaupt, Abhijeeth Chandrasekaran e Danitza Tomianovic

Local:  F. Hoffmann-La Roche Ltd, Basel, Suiça

flulengthened-c67edec1e228dd09bc1cbbfdc25fbc170b283bfa-s800-c85Fonte: Pharmacoepidemiology and drug safety 2014; 23: 1035–1042

O estudo:  O estudo é um compilado dos registros do Roche Global Safety Database, um acompanhamento pós-marketing visando determinação da segurança.

Resultados:  Os resultados mostram que a droga é segura na gestação. Foram registradas 2926 mulheres. A incidência de aborto Continuar lendo

Oseltamivir, pra que te quero?

Artigo:  Oseltamivir for influenza in adults and children: systematic review of clinical study reports and summary of regulatory comments

Autores: Tom Jefferson, Mark Jones, Peter Doshi, Elizabeth A Spencer, Igho Onakpoya, Carl J Heneghan

Local: Cochrane Collaboration, Italia

Fonte:  BMJ 2014;348:g2545

A revisão sistemática:  A pergunta é: qual o benefício do uso de oseltamivir nos casos de influenza? Nos estudos abordando tratamento com oseltamivir, houve redução no tempo de sintomas (16,7 horas), pronunciado no caso de crianças saudáveis e inexistente nas asmáticas. As complicações graves não foram prevenidas (hospitalização e pneumonia, esta última analisada em detalhe a partir de 5 estudos específicos). Quando o diagnóstico da pneumonia foi guiado pelo observador, o risco de pneumonia naqueles com uso de oseltamivir foi reduzido (OR=0,55).

Nos estudos abordando prevenção com oseltamivir, a Continuar lendo

Que máscara usar para prevenção da Influenza?

Artigo: Surgical Mask vs N95 Respirator for Preventing Influenza Among Health Care Workers.

Autores: Mark Loeb; Nancy Dafoe; James Mahony; e mais.

Local: Canada

Fonte: JAMA. 2009; 302(17): 1865-1871.

3m-8210-n95-disposable-particulate-respirator-masksO estudo: Foi realizado em 8 hospitais terciários de Ontario, Canada. 446 enfermeiros de Serviços de Emergência, UTI e Unidades Clínicas e Pediátricas. 446 enfermeiros foram randomizxados para usar máscaras cirúrgicas ou respiradores N95. Segundo protocolo local da época (Devido ao surto de SARS) os profissionais deveriam utilizar máscaras caso se aproximassem <1m de pacientes com doenças febris agudas, ou síndromes respiratórias agudas. O desfecho primário foi o desenvolvimento de infecção por Influenza, comprovada laboratorialmente. Os desfechos secundários foram a detecção de outros vírus respiratórios.

Resultado: 225 enfermeiros foram randomizados para utilizar máscaras cirúrgicas e 221
para respiradores N95. Os resultados indicaram que a proteção conferida Continuar lendo

Qual é a gravidade da infecção causada pelo Influenza A H1N1?

Após a pandemia de 2009, muitos conceitos ficaram marcados com relação à gripe causada pelo vírus Influenza A H1N1. O que observamos é a ideia de que que a infecção causada pelo H1N1 é mais grave que aquela causada pelos demais vírus. Se por um ponto há algo positivo, que passamos a elencar o vírus influenza como um causador de doenças graves, e não somente uma “pequena gripe” ou “resfriado”, por outro lado ainda mantemos a ideia de que necessitamos de áreas especiais de isolamento e que somente o H1N1 deve ser pesquisado nas doenças graves.  O que há de verdade nestes conceitos?

O que há de especial no H1N1?

Em primeiro lugar vamos lembrar resumidamente das mutações do vírus que Influenza, que são as maiores, mas não únicas, determinantes da gravidade.

flulengthened-c67edec1e228dd09bc1cbbfdc25fbc170b283bfa-s800-c85Um vírus circulante, por exemplo um H3N2, sofre anualmente algumas poucas variações, mutações chamadas de “drift”. Muitos indivíduos já foram expostos a este vírus circulante. Quando entram em contato com uma variante “drift” do mesmo vírus, possuem defesas parciais. Desta forma, adquirem o vírus, manifestam infecção (gripe, influenza), mas a proteção parcial reduz muito o risco de doença grave. Por isto, Continuar lendo