Artigo: Increasing tolerance of hospital Enterococcus faecium to handwash alcohols
Autores: Sacha J. Pidot e mais 
Local: University of Melbourne, Victoria, Australia
Fonte: Sci. Transl. Med. 10, eaar6115 (2018) – 1 August 2018
Estudo: Os autores avaliaram laboratorialmente a tolerância de 139 isolados de E.faecium ao álcool isopropílico. Estes isolados foram obtidos através do programa de culturas de vigilância num período de 19 anos. Adicionalmente, para avaliar o impacto desta resistência, eles fizeram experimento contaminando superfícies com E.faecium e analisando a colonização de camundongos pela bactéria.
Resultados: O primeiro achado preocupante foi o aumento da tolerância do enterococo ao álcool durante os dezenove anos de uso.

O impacto desta resistência foi parcial. A colonização ocorreu de acordo com o inóculo bacteriano na superfície, mas observou-se a tendência de taxas de colonização semelhantes quando era feita limpeza com água, comparada à desinfecção com álcool.

Comentários: Entre as vantagens (diversas) do uso de álcool no processo de higienização das mãos em hospitais é a ausência de mecanismos de resistência bacteriana descritos, pelo menos no caso das bactérias epidemiologicamente relevantes.
Os achados deste estudo são preocupantes. O impacto da resistência na colonização não é simples nem direto, depende da afinidade da bactéria, das condições do hospedeiro e da própria técnica de limpeza. Mas quando falarmos de antissepsia das mãos com álcool talvez este problema seja um pouco mais preocupante. Adicionalmente, esta tolerância pode ser acompanhada de resistência a outros desinfetantes e antissépticos.
Marcado:ccih, Higienização das mãos
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