Risco de aquisição da tuberculose

Artigo: Incident Mycobacterium tuberculosis infection in household contacts  tuberculosisof infectious tuberculosis patients in Brazil

Autores: Edward C. Jones-López  e mais

LocalNúcleo de Doenças Infecciosas, UFES, Vitória e  Boston University School of Medicine

FonteBMC Infectious Diseases (2017) 17:576

Estudo: Os autores analisaram contactuantes domiciliares de indivíduos com diagnóstico de tuberculose pulmonar com cultura positiva entre 2008 e 2013. Utilizaram o teste tuberculínico (TST) e o interferon gamma release assay (IGRA), além de acompanhamento clínico. Os contactantes foram divididos em três grupos: a) TST positivo no momento zero; b) TST negativo com conversão posterior e c) TST negativo no momento zero e durante o acompanhamento.

Resultados: 160 pacientes 3 838 contactantes domiciliares foram acompanhados. 523 (62.4%) eram TST no momento inicial, 62 (7.4%) converteram o TST , e 253 (30.2%) persistiram com TST negativo. Surpreeendentemente, os conversores de TST  frequentemente apresentaram IGRA negativo após 8–12 semans de acompanhamento.

Os pacientes-fonte de contactantes com TST positivo no momento zero eram mais frequentemente portadores de doença avançada, cavitária do que aqueles que converteram o TST.

Comparando conversores e persistentemente negativos, os resultados foram os esperado. Maior risco para conversão em doença avançada, intensidade da tosse, tempo de contato e proximidade (dormir na mesma cama).

a

Comentários: Os autores mostraram alguns dados positivos. Em primeiro lugar, o desempenho do IGRA para avaliação de contactantes domiciliares em condições como as brasileiras (vacinação, alto inóculo) parece não ser tão bom quanto o TST (PPD).

Em segundo lugar, o estudo sugere que a reinfecção depende da extensão da exposição, dificuldade de análise devido a contatos extradomiciliares e a necessidade de observação de contactantes positivos desde a primeira análise.

Marcado:, ,

Deixe um comentário