Artigo: A Comprehensive Survey of Preclinical Microbiology
Curricula Among US Medical Schools
Autores: Dora J. Melber, Arianne Teherani, e Brian S. Schwartz
Local: San Francisco School of Medicine, University of California, San Francisco
Fonte: Clinical Infectious Diseases 2016;63(2):164–8
Estudo: Os autores aplicaram questionários para 142 diretores de faculdades médicas nos Estados Unidos, ou professores representativos. Eles abordaram a estrutura dos cursos de microbiologia e seus conteúdos. Também deixaram questões em aberto para opinião dos diretores.
Resultados: 103 instituições responderam. Com relação à estrutura, perceberam que o curso de microbiologia tinha a participação de microbiologista em 66 instituições.

Uso racional de antimicrobianos era abordado em 65% dos cursos, 66% abordavam saúde global e 64%, controle de infecção. Também foram discutidos cursos ministrados em paralelo, pequeno tempo para discussão e a falta de integração com a clínica.

Comentários: O Brasil passa por uma série de mudanças tanto em seu modelo de saúde como na educação médica. Muitas evoluções, mas algumas coisas são perdidas no caminho. Uma delas é o preparo básico para lidar com conceitos de microbiologia e infecção que pertencem ao domínio do médico geral, e não do especialista. Interpretação de culturas e escolha da antibioticoterapia são deficiências marcantes, perceptíveis hoje, que tem impacto na qualidade de atenção e no desenvolvimento de resistência.
Este estudo mostra que, do ponto de vista de capacitação para manejo de doenças infecciosas, mesmo a nível da atenção primária, é importante que se discuta o mínimo de competências e conteúdos. Isto independente da metodologia de aprendizagem empregada.
Mesmo nos Estados Unidos, existem importantes lacunas que se refletem em prescrições fora do uso racional, e da maior necessidade de especialistas para compensar a formação insuficiente.
Marcado:Educação médica, Microbiologia
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