Artigo: Landscape, Environmental and Social Predictors of Hantavirus Risk in São Paulo, Brazil
Autores: Paula Ribeiro Prist, Maria Uriarte, Leandro Reverberi Tambosi, Amanda Prado, Renata Pardini, Paulo Sérgio D´Andrea, Jean Paul Metzger
Local: University of São Paulo; Oswaldo Cruz Institute, FIOCRUZ, Rio de Janeiro; Columbia University, New York City
Fonte: PLoS ONE 11(10): e0163459.
Estudo: A hantavirose é uma zoonose grave, que ocorre em regiões rurais, presente no Brasil, apesar de pouco falada. Pode se manifestar como febre hemorrágica, mais relacionado às cepas asiáticas, ou síndrome aguda pulmonar, mais comum nas Américas. A letalidade média é de 46,5%. Os autores estudaram a relação entre a hantavirose e fatores como a geografia, clima e condições sociais. As hipóteses previamente discutidas pelos autores são a maior incidência em áreas rurais, sem grande densidade populacional, com alto índice pluviométrico e com um IDH baixo.
Os autores focaram dois biomas: o Cerrado e a Mata Atlântica. Eles correlacionaram os dados da vigilância em saúde com aqueles do IBGE.
Resultados: Foram incluídos 47 casos ocorridos de 1993 a 2012. Os casos se concentraram no Norte e Oeste do estado.

No Cerrado, a hantavirose se mostrou associado a um baixo IDH e alto índice de troca de mata nativa por plantação de cana. Dados semelhantes, mais as temperaturas mais altas foram fatores associados à doença na Mata Atlântica. 6% do estado foi avaliado como área de risco médio ou elevado para Hantavirose.
Comentários: Além das importantes discussões de epidemiologia e de medidas de saúde pública decorrentes diretamente deste estudo, é importante ter a hantavirose no painel de diagnóstico diferencial de febres hemorrágicas ou doença respiratória aguda grave, desde que as condições epidemiológicas estejam compatíveis.

Marcado:Doenças Negligenciadas, Hantavirus
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