IVAS, microbioma da orofaringe e infecções

Artigo: Nasopharyngeal microbiota composition of children is related to the frequency of upper respiratory infection and acute sinusitis

b2300104Autores: Clark A. Santee e mais

Local: San Francisco, EUA

FonteMicrobiome 2016; 4:34

Estudo: A análise do microbioma humano e sua relação com doenças infecciosas e não infecciosas tem ganhado grande destaque nos últimos anos. Inúmeros fatores estão relacionados à alteração do microbioma, com destaque especial para o uso de antimicrobianos. O microbioma da orofaringe guarda relação direta com o desenvolvimento de otite, sinusite e pneumonia, entre outros. Recentemente, crianças foram subdivididas em seis grupos de acordo com a composição de seu microbioma em orofaringe (Moraxella, Haemophilus, Streptococcus, Corynebacteria, Alloiococcus, ou Staphylococcus) Crianças cujo microbioma da orofaringe tenha predomínio de Moraxella, Haemophilus, ou Streptococcus apresentam maior risco de infecções to trato respiratório inferior. Como a dinâmica da relação entre a complexidade do microbioma e a ocorrência de infecções do trato respiratório ainda não está bem esclarecido, os autores decidiram investigar esta associação em crianças de 49 as 84 meses de idade.

Resultados:Crianças que desenvolveram uma sinusite em 60 dias apresentavam menor diversidade bacteriana do que aquelas que não apresentaram. Além disto, crianças que que tiveram vários episódios de IVAS apresentaram menor diversidade do microbioma. A composição de espécies do microbioma também teve influência. A presença de Moraxella esteve associado à ocorrência de infecções.

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Comentários: O estudo do microbioma humano hoje tem grandes avanços e aponta diversos caminhos na prevenção e tratamento de doenças infecciosas. O conceito sempre prevalente de uso racional de antimicrobianos fica bastante fortalecido com esta abordagem, apesar de que outros fatores que interferem no microbioma também ganhem relevância.

Neste caso, a ocorrência de infecções de repetição (inclusive virais) por si só parece ser determinante para as mudanças de composição do microbioma que levam à infecção bacteriana.

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