Uso de máscaras para prevenção de infecção em pacientes transplantados

Artigo: Universal Mask Usage for Reduction of Respiratory Viral Infections After Stem Cell Transplant: A Prospective Trial

Autores: Anthony D. Sung e maisk4874675

Local: Carolina do Norte, EUA

Fonte: Clinical Infectious Diseases 2016;63(8):999–1006

Estudo: Além das precauções utilizadas para pacientes submetidos a transplante de medula óssea, os autores investigaram o uso obrigatório de máscaras cirúrgicas como parte das precauções padrão nesta população.O estudo teve um desenho “pré/pós” com seis semanas de intervalo para implementação.

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Os autores mediram a incidência de infecções respiratórias virais antes e após a implementação das medidas. Foram pesquisados Influenza A e B, RSV, Adenovírus e parainfluenza 1,2 e 3.

Resultados:  Os autores perceberam uma importante diminuição na ocorrência de doenças respiratórias virais, inclusive quando estratificado por tipo de TMO. Em análise multivariada de risco para infecções virais, os autores encontraram como significantes a época do ano, a intensidade da ablação medular (ablativo/não ablativo) e o uso de máscaras.

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Comentários: Este tipo de estudo é importante porque até hoje ouvimos falar de “isolamento reverso” ou “isolamento protetor” cuja eficácia a literatura já mostrou que não existe. No entanto, a população de imunodeprimidos requer cuidados especiais, que não incluem o isolamento estrito. Este artigo reforça a ideia de que as principais medidas são:

a. Reforço nas práticas de higienização das mãos.

b. Restrição à entrada de profissionais ou visitantes com infecções virais agudas no quarto do paciente.

c. Segundo este estudo, uso universal de máscaras independente da presença ou não de infecção viral respiratória.

Deve ser lembrado que estes vírus também são transmitidos através de contato direto e indireto, e pode haver transmissão no período prodrômico, daí a importância do uso universal de máscaras. Nunca é demais lembrar que estas infecções em pacientes imunodeprimidos podem ser graves com frequência muito maior que no restante da população.

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