Probióticos e infecção urinária

Artigo: Probiotics in Preventing Recurrent Urinary Tract Infections in Women: A Literature Review

bedmed-ingestc3a3o-da-vitamina-dAutores: Annie H. Chisholm

Local: Estados Unidos

Fonte: Urologic Nursing 2015, 35(1), 18-21, 29.

Estudo: 20 a 30% das mulheres com diagnóstico de infecção do trato urinário (ITU) apresentam uma recorrência, um terço a metade precocemente, o restante a longo prazo. Recorrência, neste estudo, é definido como três episódios sintomáticos com culturas positivas num período de 12 meses, ou duas, nos últimos seis meses. A autora estudou o efeito do uso de probióticos na prevenção da recorrência da ITU.

Resultados: De 94 artigos selecionados em 4 bases de dados, restaram somente 3 estudos para análise. Os desfechos foram diferentes nos três, um deles microbiológico. Dois dos estudos mostraram redução dos episódios.

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Comentários: A infecção urinária recorrente, aqui antes mencionada sem detalhe na referência de um Guideline Europeu,  é um problema sério. Pacientes com esta condição se sentem limtiados, e com grande prejuízo à sua rotina. Por outro lado, os recursos terapêuticos são limitados. A investigação é mandatória, especialmente buscando anormalidades estruturais ou presença de volume urinário residual. Também existe a possibilidade de presença da UPEC – E. coli uropatogênica, provavelmente a situação onde a profilaxia tem maior eficácia. Os probióticos se encaixam neste tratamento em primeiro lugar pela própria limitação terapêutica e a ansiedade (justificada) de pacientes.

Apesar dos princípios subjacentes à terapia com probióticos serem lógicos, e seu potencial benefício diminuindo risco de resistência, este estudo mostra claramente que não há evidência definitiva. O que não descarta uso eventual em casos refratários ou de difícil manejo, até que estudos de maior porte sejam feitos.

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