Artigo: Protection by BCG Vaccine Against Tuberculosis: A Systematic Review of
Randomized Controlled Trials
Autores:Punam Mangtani e mais
Local: Inglaterra
Fonte: Clinical Infectious Diseases 2014;58(4):470–80
Estudo: Os autores revisaram sistematicamente estudos abordando a eficácia da BCG, procurando anotar as principais variáveis clinico-microbiológicas. Uma série de viés foi trabalhada, em particular o efeito da escara do BCG sobre o observador, no sentido de se tentar homogeneizar os estudos.Além disto, o tempo e forma de seguimento, as características do país do estudo e da própria cepa do Bacilo de Calmette-Guerin apresentaram variações de difícil controle.
Resultados: De 21030 títulos selecionados, remanesceram 21 estudos, 18 abordando forma pulmonar e outros 6 meníngea ou miliar (3 abordaram ambas as formas). A eficácia foi dependente da latitude do país onde foi realizado o estudo. A BCG mostrou associação com redução de casos ativos de tuberculose.

O BCG apresentou risco relativo de 0,26, mostrando eficácia na prevenção. Os fatores associados à proteção contra a forma pulmonar foram a latitude (incidência menor em latitudes maiores), idade (menor proteção em crianças em fase escolar) e também a cepa do BCG avaliada. A proteção contra a meningite foi ainda maior (RR=0,15).

Comentários: Esta é a mais controversa das vacinas. É feita a partir de bactérias atenuadas, administrada antes dois anos de idade para evitar infecções precoces. Os estudos de seguimento são complicados, pois o período de latência pode ser longo. O PPD é um marcador ruim, e a cicatriz vacinal tem alguma utilidade. A eficácia nos estudos clínicos varia de 0 a 80%.
Nesta criteriosa meta-análise os autores demonstram um efeito protetivo da vacina BCG (RR=0,26), mais marcante nas formas meníngeas.
Marcado:bcg, Tuberculose, Vacina
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