Artigo: The association between time to antibiotics and relevant clinical outcomes in emergency department patients with various stages of sepsis: a prospective multi-center study
Autores: Bas de Groot, Annemieke Ansems e mais
Local: Leiden University Medical Center, Holanda
Fonte: Critical Care (2015) 19:194
O estudo: Estudo multicêntrico, prospectivo, buscando analisar o impacto da antibioticoterapia imediata em sepse, de acordo com a gravidade. Esta foi avaliada através do Escore PIRO: 1 a 7 pontos, leve, 8-14 pontos, intermediária e >14 pontos, grave. O desfecho primário foi o número de dias fora do hospital em 28 dias após o diagnóstico (que reflete mortalidade e tempo de permanência hospitalar – quanto maior o tempo, menor a mortalidade ou tempo de hospitalização) e o desfecho secundário foi a mortalidade no 28º. dia após o diagnóstico. Também foi analisado o acerto de espectro de cobertura.
Resultados: Através da análise multivariada de Cox, os autores chegaram à conclusão que não houve benefício do rápido início de antibioticoterapia nos pacientes com sepse “leve” ou intermediária, escore de Piro <14 pontos. O acerto da cobertura antimicrobiana foi importante fator de sucesso.


Comentários: Mais um estudo que reforça a necessidade de cérebros por trás de protocolos gerenciados, o que nem sempre é economicamente bem visto por muitos gestores. É importante a aplicação de triagem de pacientes com sepse, e a identificação de formas menos graves é importante no sentido epidemiológico e de vigilância. Não há necessidade de condutas intempestivas na ausência de hipotensão refratária. Além disto, a escolha de esquema, hoje burocrática nos protocolos, deve ser refinada, se não discutida tanto com medico assistente e/ou especialista. É necessário dimensionamento maior do papel do gerenciamento do protocolo e melhor a qualidade das decisões tomadas.
Marcado:Racionalização de antimicrobianos, Sepse
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