Artigo: Group B streptococcus vaccination in pregnant women with or without HIV in Africa: a non-randomised phase 2, open-label, multicentre trial
Autores: Robert S Heyderman e mais
Local: Malawi, África do Sul, Itália, EUA e Inglaterra
Fonte:Lancet Infect Dis 2016; 16: 546–55
O estudo:Estudo de fase 2 visando avaliar imunogenicidade e segurança da vacina para estreptococos do grupo B (GBS-Vac) em gestantes de acordo com estado sorológico para o HIV. A vacina contém polissacarídeos dos sorotipos Ia, Ib, e III, administrada por via intramuscular entre a 24a. e 35a. semana de gestação. O desfecho primário foi a transferência de anticorpos para o recém-nascido (RN). O objetivo secundário foi a detecção de anticorpos na mãe.
Resultados: De 270 gestantes incluídas, completaram o estudo 87 no grupo HIV+CD4, baixo, 84 no grupo HIV+CD4 alto e no 83 grupo HIV-. Dentre os recém nascidos, foram analisados 87 no grupo HIV+CD4, baixo, 85 no grupo HIV+CD4 alto e no 84 grupo HIV-. As concentrações de anticorpos específicos nos RN nascidos de mães soronegativas foram significativamente maiores do que as nascidas de soropositivas: 2·67–3·91 μg/mL versus 0·52–1·62 μg/mL. A contagem de CD4 neste estudo não foi discriminante.

Comentários: O desenvolvimento de uma vacina para o GBS pode ser um marcante marco na prevenção na sepse neonatal. As gestantes soropositivas neste caso foram escolhidas por estarem em risco de carreamento da bactéria. Aparentemente a eficácia da vacina neste subgrupo poderá estar prejudicada. Estudos de fase 3 ajudarão a entender melhor o papel desta vacina aguardada.
Marcado:Gestação, Imunizações, Sepse neonatal, Vacina
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